Princípio da Precaução: O caso dos recursos não convencionais
Precautionary principle: the case of unconventional resources
DOI:
https://doi.org/10.48143/RDAI.16.mfmParole chiave:
gestão de risco, princípio da precaução, técnica de fraturamento hidráulicoAbstract
O presente trabalho trata da pesquisa e da produção de recursos não convencionais, em especial com uso da técnica de fraturamento hidráulico, o princípio da precaução foi invocado nas ações judiciais que questionam as iniciativas de sua implementação. Ao analisar a aplicação do princípio da precaução ao caso de recursos não convencionais e fraturamento hidráulico, foi possível verificar que se estava diante dos pressupostos de aplicação do princípio, mas que não teriam sido extraídas todas as consequências da precaução. Com fundamento no panorama da definição dos contornos do princípio como mecanismo de gestão de risco e de planejamento conclui-se que o princípio seria adequado a subsidiar a tomada de decisões políticas em contexto de incerteza científica. Por fim, reflete-se sobre mecanismos amplos que englobem avaliação de impactos, análise de riscos e decisão transparente e democrática, trazendo especialmente a avaliação ambiental estratégica como sugestão de instrumento que permita efetivar o roteiro da precaução.
Riferimenti bibliografici
ABRAMOVAY, Ricardo. Controvérsia científica e mercados contáveis: o caso dos organismos geneticamente modificados. Revista de Direito Público da Economia - RDPE, Belo Horizonte, ano 6, n. 21, p. 185-212, jan.-mar., 2008.
ANDREWS-SPEED, P.; LEN, C. The legal and commercial determinants of unconventional gas production in East Asia. In: Journal of World Energy Law and Business, v. 7, n. 5, p. 413, 2014.
ARAÚJO, R.R.; ALMADA, L. P.; Costa, G. M. L.; PARENTE, V. Desafios na exploração do shale gas: uma comparação dos casos do Brasil e da Argentina. In: XVI Congresso Brasileiro de Energia, 16, 2015, Rio de Janeiro. Anais. Rio De Janeiro, 2015.
ARAÚJO, Renata R. de et al. Panorama do Desenvolvimento de Gás Não Convencional: perspectivas para o caso brasileiro. In: COSTA, Hirdan de Medeiros, et. Al. Atualidades Regulatórias do Mercado de Gás Brasileiro, Rio de Janeiro: Synergia, 2018.
ARAÚJO, Renata R. Aspectos regulatórios e institucionais do desenvolvimento de gás não convencional: uma análise comparativa entre Brasil e Estados Unidos. 2016. Tese (Doutorado em Energia) - Instituto de Energia e Ambiente, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106131/tde-15092016-115205/>. Acesso em: 25 maio2018.
BALDWIN, Robert; CAVE, Martin; LODGE, Martin. Understanding Regulation: Theory, Strategy, and Practice. Oxford University Press, 2012.
BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional Da Democracia Participativa: Por Um Direito Constitucional De Luta E Resistência, Por Uma Nova Hermenêutica, Por Uma Repolitização da Legitimidade. 2ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003.
BP Energy Outlook, 2018. Disponível em: https://www.bp.com/en/global/corporate/energy-economics/energy-outlook/energy-outlook-downloads.html.>. Acesso em: 02 jun. 2018.
BRASIL. Ministério de Minas e Energia -EPE e MMA: Aproveitamento de hidrocarbonetos em reservatórios não convencionais no Brasil. Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural. Comitê Temático de Meio Ambiente. Brasília: PROMINP/CTMA – Projeto MA 09, 2016.
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Reforma da Nova Gestão Pública. Revista do Serviço Público, v. 53, n.1, jan-mar, 2002.
COELHO, Vera Schatan P.; NOBRE, Marcos. Participação e deliberação: teoria democrática e experiências institucionais no Brasil contemporâneo. São Paulo: Editora 34, 2004.
COSTA, H. K. M.; et al. EU unconventional resource development stalls. Oil&Gas Journal. Junho de 2016.
ELLIOT, Elise, et al. Unconventional oil and gas development and risk of childhood leukemia: Assessing the evidence. In: Science of the total environment. v. 576, n.15. p. 138/147.jan., 2017.
ENGENHARIA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - EPA. Unconventional Oil and Natural Gas Development. Disponível em: < https://www.epa.gov/uog> Acesso em: 02 jun. 2018.
GANEM, Roseli Senna (Coord.). Estudo: Avaliação Ambiental Estratégica. Câmara dos Deputados, 2014.
GOLDEMBERG, José. O estado atual do sistema elétrico. Revista USP. São Paulo, nº 104, p. 37-44, janeiro/fevereiro/março 2015.
GOMES, Marco Antonio Ferreira et al. Panorama da contaminação ambiental por agrotóxicos e nitrato de origem Agrícola no Brasil: Cenário 1992/2011. Jaguariúna, SP: Embrapa Meio Ambiente, 2014
GUERRA, Sérgio. (Org.) Regulação no Brasil – uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2014.
INTERNATIONAL ENERGY AGENCY – IEA. World Energy Outlook 2011. Special Report: Are we entering a golden age of gas? International Energy Agency/ Organization for Economic Co-operation and Development (IEA/OECD), Paris, 2011.
KOURILSKY, Philippe; VINEY. Geneviève. Le Príncipe de Précaution. Rapport au Premier Ministre. Paris: Odile Jacob, 2000.
LOBO, M. P. S.; PILOTO, B. A. M. Fracking. diretrizes para o fraturamento hidráulico no Brasil (Resolução ANP n° 21/2014). 2014.
NATIONAL ENERGY TECHNOLOGY LABORATORY. Environmental Impacts of Unconventional Natural Gas Development and Production. 2014.
SÁNCHEZ, Luis Enrique. A Avaliação Ambiental Estratégica e sua aplicação no Brasil. 2008. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/aaeartigo.pdf/at_download/file> Acesso em: 10 fev. 2017.
SÁNCHEZ, Luis Enrique. Por que não avança a avaliação ambiental estratégica no Brasil?. Revista Estudos avançados, São Paulo, v. 31, n. 89, p. 167/183, abr. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000100167&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 15 jul. 2018
SANTOS, E. M.; COSTA, Hirdan Katarina de Medeiros; ROMEIRO, V.; PARENTE, V.. Energia de Combustíveis Fósseis e a Captura e Armazenamento de CO2. In: LINEU. (Org.). Sustentabilidade e energia. 1ed. SAO PAULO: Manole, 2015, p. 1-22.
SANTOS, Edmilson Moutinho dos, et al. Gás natural: a construção de uma nova civilização. Estudo avançados, São Paulo, v. 21, n. 59, p. 67-90, abr. 2007. disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142007000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 22 fev. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142007000100007.
SPENCE, David B. Responsible shale gas production: moral outrage vs cool analysis. Fordham Environmental Law Review, v 25, n.14, p. 141-190, 2013.
SUNSTEIN, Cass R. Laws of fear: beyond the precautionary principle. Cambridge University Press, 2005.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2021 Revista de Direito Administrativo e Infraestrutura - RDAI
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 4.0 Internazionale.
(CC BY-NC-ND)
Este é um resumo (e não um substituto) da licença
Regras para publicação
Direitrizes Editoriais
Direitos e Deveres
Errata e Retratação
Preservação e Plagiarismo
Revisão e Avaliação